quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Carcaça


trancafiado
dentro de um corpo
pensante.

tão só aqui dentro
em uma densa solidão
fria e escura
sem resquícios de sentimentos.

apenas um coração
oco batendo.

Um corpo móvel
sem vida.
apenas a vida monótona
do dia a dia.

o vento gelado
entrando nesta carcaça
velha e podre
a espera de um
calor humano.
para dar vida
a vida.


Guilherme Perottoni